sexta-feira, 31 de julho de 2009
Tributo a Augusto dos Anjos
....A noite cai escura como sempre, o vento frio e cortante, a neblina que se avoluma em sua frente, a garoa fina açoitando a pele tal qual agulhas cevando a carne em busca de sangue, a sensação injetada de ser despedaçado por dentro, sentir o oco ecoando os pensamentos infelizes, manchados pelas lagrimas contidas.
....A carcaça, entretanto, continua inteira, intacta, inabalada... Porem agora esta vazia desprovida de consistência para se movimentar, o espírito que outrora ali vivia tontamente alegre e iludido, sedento de esperanças, agora se desfaz e escorre pelos poros abandonando o navio em pleno naufrágio.
....Estendendo-se eternamente a madrugada avança engolindo os últimos suspiros deste ser decrépito. Entregado ao amargo gosto da desilusão, tentando ainda em vão respirar enquanto afunda em seu mar de solidão, tragando a seu insalubre sabor, na tola esperança de encontrar forças nestes músculos intumescidos, buscando ainda uma ilusão, esquecido...
....A carcaça, entretanto, continua inteira, intacta, inabalada... Porem agora esta vazia desprovida de consistência para se movimentar, o espírito que outrora ali vivia tontamente alegre e iludido, sedento de esperanças, agora se desfaz e escorre pelos poros abandonando o navio em pleno naufrágio.
....Estendendo-se eternamente a madrugada avança engolindo os últimos suspiros deste ser decrépito. Entregado ao amargo gosto da desilusão, tentando ainda em vão respirar enquanto afunda em seu mar de solidão, tragando a seu insalubre sabor, na tola esperança de encontrar forças nestes músculos intumescidos, buscando ainda uma ilusão, esquecido...
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