quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Tributo a Manfredini



Uma música pode
Revelar em cada acorde
Bálsamo e poesia
Antíteses e maestria
Na mais perfeita harmonia
Alimentar uma paixão

Limiar da dor
Extase do amor
Gerações e paixões
Intrincadas em sons e palavras
Ostentando estandarte e espadas

O momento retratado
Milhares de sentimentos
Não há palavra perdida
Intocada ou imprecisa
A quem atinge a perfeição

Vamos juntos ao fim
Imperfeitos e vencedores
Não conquistamos o mundo
Conquistamos uns aos outros
Isso no fim é o que somos
Tolos trovadores...

"O mau do século é a solidão, cada um de nós imersos em sua própria arrogância esperando por um pouco de afeição..."


terça-feira, 29 de dezembro de 2009

S.O.S. (Solidão e outros Sentimentos)



Clausura
Alma presa a candura
Dois seres solitarios
Eternos e condenados

Vidas distantes
Opostas em cada traço
Completando-se mutuamente
Qual possivel simetria

Ante este desatino louco
Enlaço tua cintura, beijo o teu pescoço
E dou por mim completamente só

Beije meu corpo, lingua na orelha
Entregue-se, não tenha medo
Estas como eu, só... em tua mente


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Perfeição - Legião Urbana






Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões...

Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...

Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...

Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais...

Vamos celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos, o voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
Todos os impostos queimadas, mentiras e seqüestros...

Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo, nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia e toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir, não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...

Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal

Vamos cantar juntos o hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...

Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada...

Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror de tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou essa canção...

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão

Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça

Venha!
Que o que vem é Perfeição!...


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Simplesmente humanos ...



Segue a vida, a passos lentos, em doses curtas... Veneno intragável que engolimos dia-a-dia, verdades irrefreáveis com as quais convivemos e ainda assim temos a arrogância de acharmos ser tão menos do que somos de verdade. Cada um de nós, um pouco ou muito, somos heróis, somos vilões, somos o que queremos, e quando queremos na maioria das vezes podemos... Façamos então, o que de bom há, tomemos nossas palavras como espadas desembainhadas, nosso atos, nossa força, tudo que somos é nada mais que nossa verdade...

E entre tais atos tolos e dispares, entre fossos e cumes, galgamos montanhas, mergulhamos nos pântanos e aprendemos um pouco de tudo, tomamos a verdade por mentira, somos tolos, jovens apesar da idade, experientes apesar da juventude, somos sim antíteses ambulantes, criados em um mundo sincero de meias-verdades...

E nossa tolice então será o punhal cravado, a flecha que atinge o calcanhar, e de onde menos se espera virá a luz, a treva por maior que seja não é capaz de escurecer a menor das luzes, o vento por mais forte que seja não é capas de do chão arrancar aquelas arvores que mais fundo enterram suas raízes, se ao crer fui tolo, menos tolo serei ao sobreviver, menos tolo serei ao seguir, menos tolo serei ao lutar outra vez...

E todo esse sangue derramado, todas essas feridas, nada é em vão... É tudo evolução, nada tem a capacidade de se desenvolver como o ser humano, que mesmo entre tristeza e apatia encontra forças, que entre escuridão e medo busca o conhecimento, seres iluminados que por vezes usam esse poder contra si mesmo, se entrevam em suas mentes e obscurecem oque é tão claro quando a água...

Não é fácil manejar uma espada sem se cortar... No fim pagamos por nossos próprios riscos, e temos que arriscar. Sentar-se e ver a vida passar não é uma opção, não quando se tem sangue correndo nas veias, não quando se tem idéias pulsantes e a criatividade a flor da pele... Deus existe, nós somos deus, cada um de nós, seres capazes de criar, tal qual nenhum outro, um mundo de possibilidades...


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Seguir...



Outra vez a luta!
Não há homem que não tenha caído...
E hoje com os joelhos esfolados
Procuro outra vez abrigo

Murros em ponta de faca!
Não há homem que não tenha sofrido...
E hoje com a alma mutilada
Eu já não tenho juízo

Orgulho e vaidade ferida
Dor nunca antes sentida
E no peito só resta este lirismo vazio
Todas as inverdades que fantasio

Rimas tortas, pouca destreza
Improváveis antíteses sem beleza
Arte que copia a vida
Artista que busca saída

Desatinos...
Desvarios...
Desinências...
Meio fios...
Palavras muitas vezes repetidas
Mal empregadas
Cuspidas!

Esperança...
Desilusão...
Sofrimento...
Maldição...
Sinônimos num mesmo contexto
Diferentes no dicionário
Igual a mim e você!

Coisas que deixam de existir
Que mudam
Se distorcem
Se ampliam
Se esvaem...


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Nothing else matters - Metallica






So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
Hold these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

I never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
Hold these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they say
Never cared for games they play
Never cared for what they do
Never cared for what they know
And I know, yeah

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Vederti là fuori



Vejo a consternação em teus olhos
A verdade que se perde com o vento
Não há esperanças aqui dentro
Foi-se toda por meus poros

Acabado então ao que parece
Definhando a cada minuto
Pelo golpe absoluto
Que acabara com esta prece

Vou-me então embora...
Renuncio a minha aurora
Se assim lhe fizer bem

Carrego as cicatrizes no peito
E ainda não aceito
De ti sequer um vintém

Terceiro texto da trilogia "Mesmo tema, visões diferentes"
Parceria com o blog Filosofia de latrina
Confira aqui a outra visão deste tema.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Nossas Vidas



Campos e Colinas me abrigam,
Talvez seja a tarde quente e ensolarada
Que me faz viajar até a alvorada de minhas recordações
E entre tantos títeres sem emoções
Vejo ainda inerte e vil
Qual a manhã bravia teceu então
Arremedos de resquícios de minha paixão

E entre estes arvoredos de doces frutos
Escuto o som daquele canto
A me chamar para acalentar-me
Naqueles braços brancos e macios
Observar naqueles olhos castanhos
Todos os sonhos que nascem em mim e vão em destino a desilusão
De buscar por aquele palpitante coração

Então embebido em ódio e rancor
Encilho minha fiel montada com seus arreios de batalha
A espada embainhada a cinta
O escudo manchado a guarda
Não há maior aventura que a morte
Nem maior busca que a sorte
E a cada nova partida as sinto mais perto

E então em teu desalento fraco
Sinto que minha vida por teus dedos se esvai
Apunhalado pela covarde dor da saudade
Em meu peito soluça clemência uma vez mais
Por minha alma tenra e jovem
Por meus lábios que aquela boca ainda não tocaram
Pereço hoje frente o inimigo sem saber o que é ter amado!

Mais um post em conjunto com o blog Filosofia de Latrina
Leia a outra visão deste texto
Serão três no total