sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dura Realidade



E nesta torrente de frustrações somos tolos vagando num mundo de poesias vazias e permeado por hipocrisias, não há tradução para nossos defeitos, todos os medos nos fazem sentir cada vez mais, estamos vivos e sofremos com um mundo de meio-termos e de meias verdades, todos em limites insuperáveis.

Onde estão os verdadeiros heróis, os verdadeiros valores, que defendemos com nossos tolos punhos em riste... Tudo teve esse final triste, e não há como mudar o que sempre foi igual, igual a mim teus olhos secaram, não há vazio maior que a esperança do impossível, tudo que nunca será já deixou de ser. Qual a razão destes fatos? Apenas boatos, todos nós, tolos que amam, tolos que crêem, tolos que vivem, sofrem, mentem e morrem...

Se é que ainda há esperanças, já não há o que esperar, sem rumos ou motivos vamos seguindo o mundo com nossos pés descalços, caminhamos muitos quilômetros sobre os cacos de vidro, rastejamos atrás de um novo desejo e agora percebemos que foi em vão, estamos sós, não há saída pra quem não teve malicia.

A pureza de coração, a nobreza, a paixão... São apenas curtos caminhos, atalhos para a desilusão, mundos de frustrações. A crueldade deste mundo só se enfrenta com o coração frio, com a razão em excesso e tudo que sempre se faz é magoar e a cada e todo instante matar, o que ainda nos sobra de humanos...

Não há tempo pra perdermos tempo sonhando com a perfeição, somos o que somos, o que queremos, o que fazemos, e o mundo dança em torno de ti... Não há saídas, não se pode desistir, os joelhos quando tocam o chão não contem a emoção, muros que despencam dos dois lados, bem vindo à vida real...

Porque traço estas linhas ou porque sonho acordado, motivos tolos e desraigados, rasgos tortos num mundo errado. Qual a solução para a minha insistência em lutar, porque não posso parar? Esse vazio, essa dor quando passará? Ah, perguntas sem respostas iguais aquelas que já fiz tantas vezes, quando voltarei a ser aquele rapaz, dormir uma noite inteira, sonhar outra vez com muita maneiras de te ter, ter objetivos e barreiras a vencer, e me afastar da beira desse precipício...


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tributo a Gessinger



Ilhas vazias
Longe demais
Em estado de sitio
X da questão
Porto alegre
América central
Rotas e destinos
Antes pequeninos
Guantanameira militar
Um novo horizonte
A que distancia vai ficar
Risos de guitarras
Implodindo muros virtuais
Então surfamos
Nas onda do karma & DNA
Sem muros de concretos
Infinitos
Sem destinos...


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Figuras de Linguagem



Escondido entre minhas aliterações, eu crio um mundo feito de palavras e permeado de sentidos camuflados, toda uma história ainda não narrada totalmente, termos inventados por uma mente inconsequente, erros ortográficos parecido então somente com seus respectivos e reais, conjunções mal aplicadas, preposições mal empregadas, interjeições apregoadas e até palavrões... Sob essas metáforas idiossincráticas e esses vocábulos de complexo discernimento delineio minhas hipérboles e desenho meus eufemismos a procura de um conforto então sagrado pra esta criatura de tal forma exagerada, alívio que pode ser dado por alguém que me entende puramente por então dizer-me que tente. E nessas antíteses que beiram a insanidade, me converto em um paradoxo tão absurdo, quanto qualquer outro por mim já escrito...


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tolo...



O mundo parece maior quando nos sentimos perdidos, o mundo parece feroz quando precisamos de abrigo, de onde tirar coragem para enfrentar todos os medos e as angustias que nós mesmos criamos... Como lutar contra moinhos de vento... Como sentir de verdade o que há aqui por dentro... Como afagar a maldita agonia... Abafar o desejo... Suportar o ensejo de ser um mais que nada faz, sem importância, e provido de suposta arrogância que faz de mim não mais que um mero vagabundo, um a mais no mundo, alguém assim, indiferente até mesmo a mim...
Esperamos demais e a cada dia se faz mais presente o fato completo e decadente de que esperar é em breve se frustrar, não há luta, não há mudança, não há choro, não há dança que faça o impossível acontecer, e no fim das contas o que era pra ser? No fim da noite há quem volte sozinho pra casa, no fim da noite há quem fique na calçada, no fim da noite alguém perdeu, no fim das contas esse alguém sou eu...
E nada mais me fere que esta auto-piedade, nada mais me fere que essa falta de vontade, este desejo absurdo de abandonar este mundo e de sair por ai, sem destino, sem bagagem, sem ao menos uma passagem, só ter a mim porque talvez tenha sido quase todo o tempo assim... Por que luto? Em meu negro luto, como a dor que me deixa cego, luto por qualquer um, luto por ti, apenas para parecer que ainda em mim resta vida suficiente...
E nestas horas vazias só me resta à nostalgia que me faz parar no tempo ainda mais decadente, escrever estes textos sedentos, torcendo para alguém ler, sonhando em mudar o mundo de qualquer vagabundo que como eu lute a vida dia após dia, sofra a cada agonia, chore a cada lembrança, e nesta absurda dança não morra caído em um beco qualquer não tenha do mundo tanta magoa e não sinta tão fundo toda essa raiva...
Docemente amargurado, só por ter a mim mesmo decepcionado, sem ter qualquer conselho sóbrio, não sou capaz nem mesmo de sonhar um pouco, esquecer esse ruído rouco do meu coração já tantas vezes perfurado, e a cada lagrima tola que escorre, se esvai um pouco mais a gana de ter mais uma vez a chance, de ter pela primeira vez... Tolo...


Sem pé nem cabeça...



Não se atenha a ser alguém indiferente a quem você deseja... Não se deixe abater nem deixe que te esqueçam se você quiser ser lembrado, vá fundo respire o mundo e se quiser um encosto tome a minha mão, sem medo me apego a cada suspiro teu, tropeço e me esqueço do pouco que você já me deu... E quero mais... Outro copo de café ou algo um pouco mais forte, talvez um beijo, e outro desejo me entorpece e quando logo se esquece de tudo, já passou... Não te quero mais, e é só por um segundo que me afundo neste não querer, e quando tudo que era tão absoluto se reverte, sinto que tudo que me diverte que não me deixa ficar inerte é também o que me fere, e nesta torrente de sentimentos confusos me apregôo a um paradoxo confuso e toda essa insensatez se acaba assim, outro texto sem começo nem fim, outro lamento de melancolia ou talvez um grito da mais pura teimosia...


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Queda...



Encosta abaixo nós caímos
E por cobiça nos ralamos
Os joelhos arranhados
Sangramos em vão no chão

Em contraste com o osso alvo
O encarnado do sangue
Mancha o solo desbotado
Escorre pelo caminho

E nossos olhos castanhos
Temerosos e marejados
Só nos trazem a tona
Quando enfadados

Por receio ou angústia
Abandonamos o navio
Deixamos de lado
Todo e qualquer Desvario

E essas caixas de dinamite
Esses explosivos radioativos
São nossas mentes
São nossos risos...


terça-feira, 13 de abril de 2010

Dois...



Seres distintos em essência, mas com uma continua existência que insiste em se cruzar, quase completos estranhos que se conhecem tanto que é até de se abismar, e a cada toque e cheiro a cada sensação e desespero se aproximam mais e mais, e então paulatinamente, quase que imprudentes percebem então e somente o quanto ainda há a se explorar.

E então desprovidos daquele pequeno receio, tornam se tão inconssequentes e se aprofundam mais em mais, até o fundo da alma em cada canto do carma e até onde se deixar, segredos contidos e medos profanos já não importam mais, até mesmo pequenos defeitos que antes se empurravam pra dentro já se podem mostrar.

A cada imperfeição se descobrem e se tornam mais fortes para um ao outro amparar e descobrem então que se encaixam tão bem que é quase impossível separar, em cada partícula, célula e átomo tudo se junta em uma dança insensata em plena metamorfose contrariando todas as regras dois são um, são todos, são um milhão...


segunda-feira, 12 de abril de 2010

Outro mais...



Entre esses muros altos que se içaram em torno de mim, isolado do mundo e imerso em minhas próprias consternações, tropeço por ai, solitário e despreocupado com o que pode haver além de mim. Ser egocêntrico por natureza traço meu mundo a minha própria beleza, que aos olhos de poucos talvez tenha algo que se apreciar.

E então minha torpe quase psíquica de um escorpiano ascendido em peixes, me inunda com as mais estúpidas angustias e me atrela a um ou dois devaneios de algo que um dia teria sido primoroso, mas por casualidades do destino me torno cada vez menos infante e menosprezo o gosto acerbo desta vida que concebemos.

Poucos pontos pacíficos se discernem no horizonte, muitas histórias sem cabo se aglomeram em minha fronte e ao bel-prazer de um deus corrupto, meu mundo outrora tão injusto parece então se explicar através de deslizes por mim perpetrados, um ou outro delito deste quase completo ser normal...


quinta-feira, 8 de abril de 2010

E assim...



Então em teus lábios eu me perdi, e cada ferida que foi me imposta eu traguei, Sem poder sair deste ardil, em cada passo teu fiz meu mundo, confrontando o intenso daqueles olhos verdes, toda a confusão e a desordem que vem de ti golpeiam meus ouvidos e criam em mim um mundo irrequieto e delirante, um completo desvario, um estrago, outra chaga em um peito mutilado.

Cárcere do meu espírito, vanguarda do meu navio, que me flagela noite dia, que me impede qualquer alegria, e que desatina meu sofrer. A liberdade eu já não busco, pois seria impraticável depois de tudo contigo, nada mais ter. Amor tolo e inexplicável, que deslumbra os despreparados e os arrebata por uma torrente de amarguras e casualidades.

E se é este meu elo mais mortiço, o calcanhar que quando ferido derruba o implacável, então você o atingiu em cheio, pois em mim agora não resta sequer um devaneio, não há sonhos e nem esperança. A dura realidade eu devoro e anseio a cada vez que seja a ultima, que não reste sequer uma migalha de minha desprezível criatura e que assim te impeça de se satisfazer em teu cruel e insano prazer.

Se em teus braços devo perecer, se por teus olhos devo ver, se mesmo lutando eu tiver de morrer então que seja por teus lábios meu desvanecer, e em tua cândida tez escorra meu encarnado sangue, lágrima a lágrima, e que em teus sonhos eu viva, assim como nos meus eu te dou vida.

Que sequem teus olhos em minha camisa amarrotada e que essas tuas lagrimas que descem hoje por meu peito só caiam quando a felicidade te inundar, em ainda que sem ter meu objetivo alcançado que seja eu capaz de algum dia ter feito a ti um pouco mais feliz só por ter estado do meu lado, o lado errado...


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Suplicio de Tântalo



Condenados a estar
Próximos a nossas mais profundas vontades
Inertes em um mundo de possibilidades
De mão atadas, enclausurados
Num veredito insensato.

A sede de alcançar
De tocar-te levemente os lábios
E simplesmente ser arrastado pra longe
Por uma torrente interminável
De ações desajustadas.

Essas ações incontínuas,
Interrompidas por nossos espasmos
De terror e de agonia se enchem seus olhos
Busco em ti a ambrosia, o néctar sagrado
Que me permita ter-te em meus braços

E por fim seguimos sós
Mártires de nossa própria sina
Destino que não pudemos escolher traçar
Sonhos que ainda pudemos de realizar
Tolos que temem amar...

Isto somos nós...
Vivendo em um suplicio de Tântalo
Tão próximos e ainda assim tão distantes...


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Desenho - Kirk Hammet











Esse é o Kirk Hammet

Tambem guitarrista do Metallica, mas esse não é vocalista.

Lapis e Nanquim no canson.

Obs.: Preciso de uma caneta nanquin nova !


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Geração do Preconceito



Dessa vez é um texto que não é meu, nem de ninguem, é de todos, só foi colocado no papel por uma amigo em um papel de pão num bar qualquer, que achou por bem dividir esses penssamentos com os nossos ...

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Geração do Preconceito


Todo o contexto generalizado de uma geração livre, e formado por idéias de globalização, muitas vezes, mostra-se retrogrado quando analisado de forma precisa.

Cada vez mais a segregação aumenta em todas as camadas sociais e com elas: o preconceito ao diferente e aquilo que não se adéqua.

Obviamente, há aparição de diversas tribos urbanas e espaços sociais diferenciados, tenham levado as pessoas a procurar uma adequação pessoal em diferentes nichos dando uma idéia de uma falsa diversidade.

Mas, é obvio que essa diversidade caminha não junto com uma aceitação e sim um repudio ao diferente, como se simplesmente, aquilo que não for igual ou de acordo com nossas convenções não mereça respeito. O que se vê pelas ruas simplesmente é uma “Guetificação” da cidade em nichos que devam ser respeitados.

O exemplo de tudo que disse acima pode ser resumida em uma história simples; Hoje não podemos aceitar o fato de uma mulher querer se casar jovem, ter filhos e viver com o marido como dona de casa, tal idéia nos parece fora da convenção orgânica tradicional, mas ao contrario do que pregam que devemos pensar e aceitar o diferente simplesmente descriminamos e repudiamos fortemente aqueles que resolveram tomar esta decisão.

Como uma felicidade de plástico. Estamos mais preconceituosos do que nunca.



Olá, Aproveito que amanhã este blog fará um ano. Aproveito, também, que estou devendo um texto. Ha muito tempo já não escrevo nada pessoal, talvez, a falta de empenho, medo,comodismo, preguiça e outros derivados tenham me impedido e ter feito passar por anos em um hiato intelectual.
Pouco Importa
Todo Sonho é um Produto.
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Um abraço velho amigo, seguimos nossas vidas, ainda que sem destino ... Sorte que ainda nos sobra um pouco dessa boa filosofia de boteco ...


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

In the Fade - Queens of the Stone Age






Cracks in the ceiling, crooked pictures in the hall
Calm and breathing, I'm leaving here tomorrow
They don't know, I never do you any good
Laughing is easy, I would if I could

Ain't no worry (?), just live to you die
I wanna drown with no-where to fall
Into the arms of someone
There's nothing to say that I know
You live 'til you die
Live 'til you die, I know (3x)

Losin' all feelin' and I couldn't get away
Calm and breathing, disappearing in the fade
They don't know, I never do you any good
Stoppin' and stayin', I would if I could

Ain't no worry (?), just live to you die
I wanna drown with no-where to fall
Into the arms of someone
There's nothing to say that I know
You live 'til you die
Live 'til you die, I know (3x)


1 ano de existencia !



Pois é ... hoje esse blog completa um ano de existencia, e mesmo com alguns hiatos e lapsos de criatividade ele cumpriu o papel que eu queria dele, ser uma forma de passar todas as minhas baboseiras aos meus amigos !

e agora um pequeno momento Data Foda-se !

Em 365 dias, foram 125 posts, sendo 82 textos, 39 músicas e 3 desenhos

uma média de 1 texto a cada 4,5 dias ou seja, pelo menos 6 textos por mes, sendo eles formados por estrofes ou paragrafos.

pareceu ser bem menos ... hehehe

Um abraço a todos os pouco que ainda me acompanham...


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Reconstrução



É chegada a hora...
De sair do esconderijo
Derrubando esse mundo falso
Que você pintou

É chegado o momento...
De admitir todos os erros
Cometidos em nome de um ideal
Que você criou

Então deves destruir
Essas criações de tua mente
Que age de forma inconsequente
E macula toda a história

Então deves construir
Um mundo de verdades inteiras
Uma única paixão derradeira
Um caminho pra vitória


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sem cores



Meu mundo fadado
Ao Preto e Branco
E hoje só me resta o cianeto
Tragado e marcado no peito
A cicatriz de um tolo amor

Desculpas, que eu traço
Buscando por medo uma saída
Um Covarde que protege a ferida
Que esconde o rosto do sol
E se esgueira a luz da lua

Negrume esse que aqui dentro
Avoluma-se a cada não
Mais um beco sem saída
Que te faz ir na contra-mão
Desejando uma nova vida

E uma nova vida aparece
Mas a desperdiço outra vez
Desprezando-a por besteiras
Enquanto me pego a admirar
O passado que nunca tive


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Desenho - James Hetfield






Desenho que fiz no dia 28 de fevereiro.

James Hetfield, Vocalista do Metallica, que se apresentou em São Paulo nos dias 30/01 e 31/01 no estadio do Morumbi

Desenho feito com Lapis e Nanquim sobre Canson.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Blowin' in the wind - Bob Dylan






How many roads must a man walk down,
Before you call him a man?
How many seas must a white dove sail,
Before she sleeps in the sand?
Yes and how many times must cannonballs fly,
Before they're forever banned?
The answer, my friend, is blowin' in the wind
The answer is blowin' in the wind

Yes and how many years can a mountain exist,
Before it's washed to the seas (sea)
Yes and how many years can some people exist,
Before they're allowed to be free?
Yes and how many times can a man turn his head,
Pretend that he just doesn't see?
The answer, my friend, is blowin' in the wind
The answer is blowin' in the wind.

Yes and how many times must a man look up,
Before he can see the sky?
Yes and how many ears must one man have,
Before he can hear people cry?
Yes and how many deaths will it take till he knows
That too many people have died?
The answer, my friend, is blowin' in the wind
The answer is blowin' in the wind


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Minha terra



Então, tornei-me tua Lua
O teu satélite, quase natural
Ao seu redor construí um mundo
Em torno de ti vaguei tempo demais
E como todo satélite, quis ser planeta!

Estar perto e ser tão distante
Dois seres sempre inconstantes
Encontramos então por acaso
Esse poder estranho que temos
De nos equilibramos.

Mas não se preocupe agora...
Pois se algum dia eu for embora,
Em seu mundo tão calmo e passivo,
Todo o controle se tornará enfim
Liberdade e Desordem...

O que devemos fazer
Quando acharmos todas as respostas?
Proponho-te uma pergunta agora:
Porque, Não deveria eu
Buscar a felicidade também?


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Textos tortos...



A cada passo do caminho, em cada curva que eu dobrar, minha direção é o teu perfume a me guiar e eu sempre me levo ao mesmo lugar... No fim da estrada me perco só, com meus pensamentos, insanidade temporária e em cada novo movimento fico cada vez mais perto do nada... Tua estrada é a minha solidão, caminhos sem rumo, nunca sei qual tomar, e se eles não vão me levar a lugar algum, tanto faz...

Se meus textos saem parecidos e minhas palavras se repetem, se cometo o mesmo erro a cada ponto final, quem sabe, não seja culpa sua, que sempre me traz a mesma inspiração, os mesmos sentimentos... Essa indiferença que nos é tão exata, o nó que desata a me amarrar, são tuas mãos, tua pele e teu cabelo, são os teus olhos, são seus lábios vermelho... Prendem-me...

Ponho-me em teus braços, tua dança a me encantar, mergulho insensato... De olhos fechados, já não vejo saídas, já não vejo caminhos, já não vejo o mundo com meus próprios olhos... Fusão a frio, toques e tatos, duro ou macio, e então pouco importa, nada mais me falta, a não ser tudo, a não ser eu mesmo...

Insistente, a mesma dor quase latente, responsabilidades ignoradas, mais um erro sem dono, mais uma charada e no fim quase me convences de que é tudo minha culpa... Mesmo não sendo ela só sua, é a minha luta, cada tiro e cada passo, é mais um em direção à mesma rua... A tua...


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Should I stay or should I go - The Clash






Darling you´ve got to let me know
Should I stay or should I go?
If you say that you are mine
I'll be here 'til the end of time
So you got to let me know
Should I stay or should I go?

It's always tease tease tease
You're happy when I'm on my knees
One day is fine, next is black
So if you want me off your back
Well come on and let me know
Should I stay or should I go?

Should I stay or should I go now?
Should I stay or should I go now?
If I go there will be trouble
An' if I stay it will be double
So come on and let me know

This indecision's bugging me
Esta indecision me molesta
If you don't want me, set me free
Si no me quieres,librame
Exactly who'm I'm supposed to be
Diga me que tengo ser
Don't you know which clothes even fit me?
¿Sabes que ropa me quedar?
Come on and let me know
Pero que tienes que decir
Should I cool it or should I blow?
¿Me debo ir o quedarme?

Should I stay or should I go now?
¿Yo me frio o lo sophlo?
Should I stay or should I go now?
¿Yo me frio o lo sophlo?
If I go there will be trouble
Si me voy - va haber peligro
And if I stay it will be double
Si me quedo es doble
So you gotta let me know
Me tienes que decir
Should I stay or should I go?
¿Yo me frio o lo sophlo?


Construção



Faz-se uma paixão de um rasgo
Por medo e até por desapego
Com cada palavra engasgo
Me pego ainda mais trôpego...

Faz-se o ódio do teu medo
A consciência limpa e pura
Do ébrio mais bêbado
Já não é mais tão escura...

Faz-se a morte do desgosto
Por vaidade ou por amor
E nas chuvas de agosto
Ainda escuto teu clamor...

Faz-se a vida de teus olhos
Pela mais pura obsessão
Vivendo como andarilhos
Perdemos a razão...


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ainda somos iguais...



Até quando insistiremos
Em nossos erros?
Vis e vulgares,
Quais seus donos...
Que lutam com o mundo
Causam uma revolução,
Mas cegos por ideais
Ainda não enxergam
Que o que tem que mudar
Não se encontra,
Nem se esconde
Em versos de canções...

E no silencio mais profundo
Na escuridão mais banal
A única questão
É porque a necessidade
Desta solidão amarga?
Chega de covardia
Lute contra tudo
Que lhe for conveniente,
Enfrente a todos
Enquanto ainda lhe resta
um pouco de tempo,
Mude o mundo.. em tua mente!


Caricatura - Steven Tyler






Outra caricatura

Dessa vez ... Steven Tyler, (ex?) vocalista do Aerosmith !


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Romeo and Juliet - Dire Straits





A love struck Romeo, sings the streets a serenade,
Laying everybody low, with a love song that he made
Finds a street light, steps out of the shade
Says something like, 'You and me babe, how about it?'

Juliet says, 'Hey it's Romeo, you nearly gimme a heartattack'
He's underneath the window, she's singing, 'Hey la, my boyfriend's back
You shouldn't come around here, singing up to people like that'
Anyway, what you gonna do about it?

Juliet, the dice was loaded from the start,
And I bet, then you exploded in my heart,
And I forget, I forget, the movie song
When you gonna realize, it was just that the time was wrong,Juliet?

Come up on different streets, they both streets were shame,
Both dirty, both mean, yes, and the dream was just the same,
And I dreamed your dream for you, and now your dream is real
How can you look at me as if I was just another one of your deals?

When you can fall for chains of silver, you can fall for chains of gold
You can fall for pretty strangers and the promises they hold
You promised me everything, you promised me thick and thin, yeah
Now you just say, 'Oh Romeo, yeah, you know I used to have a scene with him'

Juliet, when we made love you used to cry
You said I love you like the stars above, I'll love you till I die
There's a place for us, you know the movie song
When you gonna realize, it was just that the time was wrong, Juliet?

I can't do the talks, like they talk on the TV
And I can't do a love song, like the way it's meant to me
I can't do everything, but I'll do anything for you
I can't do anything 'cept be in love with you

And all I do is miss you and the way we used to be
All I do is keep the beat, and bad company
And all I do is kiss you, through the bars of a rhyme
Juliet I'd do the stars with you, anytime

Ah Juliet, when we made love you used to cry
You said I love you like the stars above, I'll love you till I die
There's a place for us, you know the movie song
When you gonna realize, it was just that the time was wrong, Juliet?

And a love struck Romeo, sings the streets a serenade,
Laying everybody low, with a love song that he made
Finds a convenient street light, steps out of the shade
Says something like, 'You and me babe, how about it?'
'You and me babe, how about it?'


Aquele garoto...



Alguém se lembra, daquele garoto, que há um tempo atrás estava cheio de vida e de planos, que tinha motivos para rir de besteiras sem tamanho por uma tarde inteira ou muito mais, é ... Aquele garoto apaixonado, que sempre corria ao teu lado, que estava sempre pronto pra te estender a mão... Aquele garoto que acabou machucado pela vaidade e pelo pouco bom senso de alguém, que o fez cheio de cicatrizes e medos...

Aquele garoto que foi abarrotado pela insegurança, que não se entrega mais a vida como antes, escondeu-se dentro de si por medo de se repetir no que supõe ser seu erro... Aquele garoto que poderia ter um futuro bonito, que por inocência te ofereceu um bom pedaço disso, que perdeu quase tudo que ainda estava limpo... Sumiu por ai sem dizer aonde ia...

Se um dia esse garoto vai voltar, quem sabe? Mais maduro e mais duro, mas triste e calado, aprendeu com as dores da vida que estar só talvez seja a maneira mais segura de se viver... Sinceridade e amor... Tão voláteis quanto o éter nas mãos de alguém que os tem de sobra, talvez não faça diferença, mas praquele garoto... Fez toda diferença do mundo...


Teus Passos



As ruas e os becos da cidade ficam a cada dia mais estreitos, meu coração bate cada vez mais lentamente no meu peito, essa angustia tola e arraigada nada é, comparado a minha obsessão por teu perfume. Sigo teu cheiro e a cada arfada cravam se espinhos em minha alma cercada, presa por arame farpado, enclausurada e solitária.

Dor essa que é um inútil alerta de um coração ferido e covarde, que por medo de entregar uma vez mais rompeu com o mundo. Ilhado em um mar de sangue, sem navios com medo da correnteza falta-me ainda destreza pra controlar essa sensação.

Busco abrigo, afeto ou qualquer coisa que possa então saciar a minha sede, em labios trêmulos acalmo minha mente, mas nenhuma solução é verdadeira. Me engano aos poucos enquanto busco o antídoto que ao invés de estender minha vida pouco a pouco, me faça viver para sempre, ainda que indiferente ao teu prazer...

Envenenado passo a passo, cambaleante sigo o rumo que tuas palavras duras criaram para mim. Com o espírito afogado e doente, traço linhas dessa pura melancolia, esperando que algum dia leia isso, mas sem coragem de pedir uma vez mais o que me negaste com tanto amor...


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

The End - Pearl Jam






What were all those dreams we shared
Those many years ago?
What were all those plans we made
Now left beside the road?
Behind us in the road

More than friends I always pledged
Cause friends they come and go
People change as does everything
I wanted to grow old
Just want to grow old

Slide on next to me
I'm just a human being
I will take the blame
Bust just the same
This is not me
You see
Believe
I'm better than this

Don't leave me so cold
Or buried beneath the stones
I just want to hold on
And know I'm worth your love
Enough
I don't think
There's such a thing

It's my fault, Now I been caught
A sickness in my bones
How it pains to leave you here
With the kids on your own
Just don't let me go

Help me see myself
Cause I can no longer tell
Looking out from the inside of
The bottom of a well
It's hell
I yell
But no one hears

Before I disappear
Whisper in my ear
Give me something to echo
In my unknown futures ear

My dear
The End
Comes near
I'm here
But not much longer


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Paralelos



Estilhaços
Da bomba que você plantou
Atingiram meu peito
Cada pedaço
De tudo que você inventou
Teve efeito
Neste teu insano jogo
Sou um títere solitário
Sou meu próprio adversário
Ardendo em meu próprio fogo!

Ampulhetas
Corre o tempo desabalado
E ninguém nota
Soam as cornetas
Longe do teu lado
Sou meu próprio agiota
Neste meu jogo imaginário
Faço-me diferente do que sou
Do pouco que restou
Crio um mundo contrario...

Danço só
Com minhas palavras chatas
Em teu saguão vazio
Como pó
Em estradas isoladas
Crio outro desvario
Como qualquer criança com medo
Com qualquer herói em guerra
Cujo corpo encontra a terra
Perecemos muito cedo...

Por fim
Percebo que nestes versos
Crio outro mundo
E Assim
Neste paralelo desconexo
Em meu próprio lirismo afundo
Tento sonhar com liberdade
Um pouco de alegria talvez
E então outra vez
Destrói meu sonho a tua verdade!


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Caricatura - Keith Richards







Dessa vez vou postar uma caricatura que eu fiz.

Esse senhor ai do desenho é Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones.

Ela foi tratada no fireworks, mas eu prefiro na tinta mesmo, muito mais classico!


Bandoliers - Them Crooked Vultures






Oh it's too late
I got hit by the closing door
And as I watch myself reflect,
On the wrong side of
My, you've changed,
You turned the corner I'll hever go
I admit I feel a bit deceived
You're expecting I'd follow

Bandoliers
To fight you, dear
Nobody caused the rift,
We've just grown apart now
So,

Prepare, and take aim
Then fire
(x2)

(If that's the way it has to be)

I'm fooling myself,
Fooling myself into believing you
All these fictionary tales,
You're telling yourself
Selfish, like a child that's never heard of no
I watched him everchanging you,
Never find us

Bandoliers
To fight you, dear
Nobody caused the rift,
Can't become what I'm not
You've always my heart,
So if it must be broken

Prepare, and take aim,
Then fire
(x4)

Fire away...
If you must, but I only came
Just to let you know: this is goodbye

Oh, Goodbye...

Prepare, and take aim,
Then fire
(x2)

'Cause no one can make me die
No one can make me cry