sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sem pé nem cabeça...



Não se atenha a ser alguém indiferente a quem você deseja... Não se deixe abater nem deixe que te esqueçam se você quiser ser lembrado, vá fundo respire o mundo e se quiser um encosto tome a minha mão, sem medo me apego a cada suspiro teu, tropeço e me esqueço do pouco que você já me deu... E quero mais... Outro copo de café ou algo um pouco mais forte, talvez um beijo, e outro desejo me entorpece e quando logo se esquece de tudo, já passou... Não te quero mais, e é só por um segundo que me afundo neste não querer, e quando tudo que era tão absoluto se reverte, sinto que tudo que me diverte que não me deixa ficar inerte é também o que me fere, e nesta torrente de sentimentos confusos me apregôo a um paradoxo confuso e toda essa insensatez se acaba assim, outro texto sem começo nem fim, outro lamento de melancolia ou talvez um grito da mais pura teimosia...


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