terça-feira, 13 de abril de 2010

Dois...



Seres distintos em essência, mas com uma continua existência que insiste em se cruzar, quase completos estranhos que se conhecem tanto que é até de se abismar, e a cada toque e cheiro a cada sensação e desespero se aproximam mais e mais, e então paulatinamente, quase que imprudentes percebem então e somente o quanto ainda há a se explorar.

E então desprovidos daquele pequeno receio, tornam se tão inconssequentes e se aprofundam mais em mais, até o fundo da alma em cada canto do carma e até onde se deixar, segredos contidos e medos profanos já não importam mais, até mesmo pequenos defeitos que antes se empurravam pra dentro já se podem mostrar.

A cada imperfeição se descobrem e se tornam mais fortes para um ao outro amparar e descobrem então que se encaixam tão bem que é quase impossível separar, em cada partícula, célula e átomo tudo se junta em uma dança insensata em plena metamorfose contrariando todas as regras dois são um, são todos, são um milhão...


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