quinta-feira, 8 de abril de 2010

E assim...



Então em teus lábios eu me perdi, e cada ferida que foi me imposta eu traguei, Sem poder sair deste ardil, em cada passo teu fiz meu mundo, confrontando o intenso daqueles olhos verdes, toda a confusão e a desordem que vem de ti golpeiam meus ouvidos e criam em mim um mundo irrequieto e delirante, um completo desvario, um estrago, outra chaga em um peito mutilado.

Cárcere do meu espírito, vanguarda do meu navio, que me flagela noite dia, que me impede qualquer alegria, e que desatina meu sofrer. A liberdade eu já não busco, pois seria impraticável depois de tudo contigo, nada mais ter. Amor tolo e inexplicável, que deslumbra os despreparados e os arrebata por uma torrente de amarguras e casualidades.

E se é este meu elo mais mortiço, o calcanhar que quando ferido derruba o implacável, então você o atingiu em cheio, pois em mim agora não resta sequer um devaneio, não há sonhos e nem esperança. A dura realidade eu devoro e anseio a cada vez que seja a ultima, que não reste sequer uma migalha de minha desprezível criatura e que assim te impeça de se satisfazer em teu cruel e insano prazer.

Se em teus braços devo perecer, se por teus olhos devo ver, se mesmo lutando eu tiver de morrer então que seja por teus lábios meu desvanecer, e em tua cândida tez escorra meu encarnado sangue, lágrima a lágrima, e que em teus sonhos eu viva, assim como nos meus eu te dou vida.

Que sequem teus olhos em minha camisa amarrotada e que essas tuas lagrimas que descem hoje por meu peito só caiam quando a felicidade te inundar, em ainda que sem ter meu objetivo alcançado que seja eu capaz de algum dia ter feito a ti um pouco mais feliz só por ter estado do meu lado, o lado errado...


1 comentários:

Everton Ferreira disse...

Você não me engana.

Apesar da forma, é um poema, um belo poema!

Issae, sejamos poetas imortais.

E finalmente, faça esse blog rolar.