quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Nossas Vidas



Campos e Colinas me abrigam,
Talvez seja a tarde quente e ensolarada
Que me faz viajar até a alvorada de minhas recordações
E entre tantos títeres sem emoções
Vejo ainda inerte e vil
Qual a manhã bravia teceu então
Arremedos de resquícios de minha paixão

E entre estes arvoredos de doces frutos
Escuto o som daquele canto
A me chamar para acalentar-me
Naqueles braços brancos e macios
Observar naqueles olhos castanhos
Todos os sonhos que nascem em mim e vão em destino a desilusão
De buscar por aquele palpitante coração

Então embebido em ódio e rancor
Encilho minha fiel montada com seus arreios de batalha
A espada embainhada a cinta
O escudo manchado a guarda
Não há maior aventura que a morte
Nem maior busca que a sorte
E a cada nova partida as sinto mais perto

E então em teu desalento fraco
Sinto que minha vida por teus dedos se esvai
Apunhalado pela covarde dor da saudade
Em meu peito soluça clemência uma vez mais
Por minha alma tenra e jovem
Por meus lábios que aquela boca ainda não tocaram
Pereço hoje frente o inimigo sem saber o que é ter amado!

Mais um post em conjunto com o blog Filosofia de Latrina
Leia a outra visão deste texto
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