sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tolo desatino



....Entre concreto e ferro, sobre rocha e asfalto, sem rumo certo tomado por tolas ilusões e a poucos passos de receber o açoite da foice em minha garganta... Vago cambaleante e tolamente alegre, sonhando com as possibilidades impossíveis e imaginando as poucas oportunidades restantes.
....A cada dia mais distante, imagino-me perto o suficiente para sentir o cheiro inebriante e o estalar dos dentes, em um sorriso largo, que ilumina como um holofote, o meu torto destino e neste inoportuno desatino eu me pego a sorrir também. Como um jovem inocente traçando linhas incoerentes e procurando soluções inexistentes para um destino insistente que volta e meia me pega pela mão.
....Errado, outra vez enganado a si mesmo, dando-me de presente o doce gosto das ilusões que minha criatividade me permite ter, esperando pelo momento em que a realidade me trará de volta ao mundo, com um brusco puxão indo direto ao chão duro e gelado. O gosto de ferro em minha saliva, profundos cortes em meus lábios, mastigados entre um e outro devaneio...


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