quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sem cores



Meu mundo fadado
Ao Preto e Branco
E hoje só me resta o cianeto
Tragado e marcado no peito
A cicatriz de um tolo amor

Desculpas, que eu traço
Buscando por medo uma saída
Um Covarde que protege a ferida
Que esconde o rosto do sol
E se esgueira a luz da lua

Negrume esse que aqui dentro
Avoluma-se a cada não
Mais um beco sem saída
Que te faz ir na contra-mão
Desejando uma nova vida

E uma nova vida aparece
Mas a desperdiço outra vez
Desprezando-a por besteiras
Enquanto me pego a admirar
O passado que nunca tive


1 comentários:

Everton Ferreira disse...

porque temos que admirar aquilo que não é o ideal, porque a grama do vizinho é sempre mais verde, e porque ainda nossa fossa é sempre a maior fossa?

são coisas que ainda nao posso compreender, mas estou em busca, fico feliz que poéticamente ce pensa como eu, e me emociono ao ler os poemas, como se fosse uma visão to my self, ou algo do tipo.

muito bom poema, com o apice na ultima estrofe.

Estou, menos digital, mas sempre que possivel estarei acompanhando.

Tom.