quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Bravia covardia...



....Qual o tempo necessário? Quanto nós teremos que esperar até podermos enfim soltar este demônio que trazemos guardado no peito, sufocado pelo medo que temos de sua fuga, medo de perder a segurança que tê-lo dentro de nós nos proporciona, ao saber que a qualquer momento ele pode escapar e cravar as presas na garganta exposta da presa então desavisada.
....As horas de angustia se prolongam a cada dia mais, flertamos com o abismo que a verdade nos proporciona, analisando se a queda valeria a pena, se o que há lá embaixo paga o preço de termos pulado desamparados de asas para esta vertiginosa busca de alicerce.
....Pilhas e pilhas de problemas crônicos, vontades insaciadas, desejos reprimidos, fúria contida e uma reverberante covardia. São essas fraquezas humanas que nos impedem de nos libertarmos do concreto para nos arriscarmos no abstrato por mais tentador que isto pareça.
....E por fim ficamos parados, estacionados em uma posição quase confortável, temerosos por empreender uma busca que nos faça crescer e afaste nossas cabeças do chão. Somos tão covardes quanto nossa ousadia demonstra ser possível e nos escondemos atrás de mascaras de herói para em vão tentar amedrontar o dragão.


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