Apice Oval

....Temi sair da estrada, temi tomar a estrada errada e ir dar em uma cidade vazia. Passei por muito tempo o medo extremo e então percebi que o medo nada mais era do que a semente em seu peito que te faz criar coragem e se aventurar onde ninguém mais quer estar.
....Entrei sem medo na tal cidade, procurei por ti em cada esquina e até corri ao teu encontro ao ver caido um tronco caído ao chão, tudo parecia você, não conseguia te tirar do pensamento e como se o vento brincasse com meus cabelos percebi que não havia ninguém ali.
....Quase entrei em desespero e sair ao encalço do desejo seria mais uma vez se aventurar no descampado do destino, que como um menino com uma lupa nos queima como se fossemos formigas.
....Tómo rumo da estrada, sempre em frente vou sozinho, já nem sei mais o caminho e vou improvisando por ai. Não decorei o texto, e não soube o que fazer, percebi o quanto eu não sabia sobre a vida apenas no momento em que não compreendi o que ela queria me dizer.
....Não entendi nada, fiquei desesperado sem saber de que lado estar. Nem mesmo sabia quantos lados havia e nem aonde encontrar a saída. Só tive uma opção... seguir em frente, as curvas são as quebras na rotina e quando me desatina a dor só corro mais e mais.
....O caminho no fim era um só, tudo leva a qualquer lugar, não podemos escolher e nem saber se estávamos certos ou errados, a única certeza que tenho é que nem mesmo da morte tenho certeza, vago por ai e a impureza me corrói.
....Luto a cada dia contra toda nostalgia de meu passado tumular, relembrar o que já fiz e todos os erros que cometi de nada valeriam se insisto em seguir na mesma linha sem analisar o que está diante de mim. Passo por cima dos meus dias e assim sigo em frente mais uma vez... Esquecendo meu passado, lá atrás.