terça-feira, 24 de março de 2009

Inebriado



....Vinho, a garrafa vazia, o ardor na garganta, doce e amargo, quase tão ambíguo quanto a nossa existência, quase tão entorpecente e inebriante quanto o doce perfume que a noite traz. Pouco tempo pra reagir, tudo acontece em velocidade atordoante, a cabeça girando talvez pelo vinho, talvez pela torrente de pensamentos.
....A dor deve ser Imaginaria, uma vez que só na alma existem feridas e como sempre este masoquismo desenfreado me faz seguir andando. Cruzando caminhos por vezes mais tortos que o meu, andando perdido, ao mesmo tempo vagante e errante na escuridão soturna da desilusão.
....Então é outra noite perdida em um beco qualquer, com uma garrafa de alguma bebida barata, jogando em um canto embriagado. Amanhece mas sempre ainda tem um bar aberto, aberto a tantas possibilidades, criadas por uma mente debilitada, criadas baseadas em tantas infames possibilidades, a necessidade da extração deste mundo carnal ...


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